quinta-feira, julho 20, 2006

Almoçando

Subindo as escadas rolantes na hora do almoço
Almejava alimentar-me no excelente "dois em cena"
Ao perceber na frente aquela multidão em alvoroço
Pensei com meus botões: "não vale a pena".

Tentei entao algo mais leve
Talvez um quiche com salada
E ja no "Pax" o garçom de se atreve
a sugerir-me a fila tao falada

Súbito, um restaurante a muito esquecido
(Se pelo menos mais um andar tivéssemos subido)
Citado enfim, o escolhido surte efeito
E o FM Hall para o almoço é então eleito

Comemos parmeggiana e também salmão
e sentimo-nos como navios, estando soltas as amarras
Apenas a malfadada torta de limão
Superava o engasgado com o molho de alcaparras.

Por fim o Barista dúbio foi esquecido
E o fim do almoço abruptamente interrompido
Mas não obstante, o objetivo que agora nos tange
aguarda-nos quente e com creme, na hora do lanche.

(Colaboração: Lufintelmam)

quarta-feira, julho 19, 2006

Extrapolações Adjetivísticas

Certa vez vociferei: "Jamais!!"
Para minha indignação demonstrar
Mal sabia eu que havia mais, muito mais
Que em meu vocabulário poderia utilizar


Que palavras grandes, de grosso calibre
Usaria eu para me satisfazer?!
Humm, este vocabulário não me soa muito hetero...
De qualquer forma, procure saber!


Pois então, palavras enxutas e expressas em demasia
para minhas exclamações daqui por diante usaria
Mas não encontrava o vocábulo de senso perfeito
Nada que expressasse o gigantesco real efeito.


Por fim, repensei meu objetivo adjetivista
E encontrei a expressão, ainda que não obstante,
Mas se a cretinice vai me tornar um polêmico vigarista?!
Nem por um grandessíssimo car*lho cravejado de brilhante!!

(Improvesicolaboração: Luciana Fintelmam)

Galinácius Originalis

Oh grande questão que a humanidade contém
Passada de gerações a gerações pelas bocas duvidosas
O veredito, quem o terá? Ninguém.
E conitinuaremos em buscas esperançosas.

Devoramos o progenitor e o progenitado
Com manjericão, sal, farofa...
Que apetitoso! Frito, cozido e até assado
Em qualquer canto da esfera, é saboroso.

Lidamos com as conseqüências da questão
Todos os dias em nosso povo
Contudo, talvez nunca realmente acertarão
Veio primeiro a galinha ou o ovo?

(Ovacionado por: Roberta Pio)

Lu De Millus

Ludmila, menina do interior
Foi-se pra longe, será que voltou?
Das preás ela lembra, não dá pra esquecer
Mas nesse passado não vou remexer

Com uma calma aparente, a todos ilude
Mas ela é nervosa. Eu conheço a lud!
De itaipu a friburgo, passou na tijuca,
Que destino cruel, que arapuca!

Ludmila seria pedir muito ligar?
Mas será que em friburgo telefone há?
E, sem internet, estradas ou luz
Passa o dia, olhando pro céu, a contar urubus

Ao Fernando agora eu queria agradecer
Pois meu ócio diario tenho com o que preencher
Rimar com "Reule" é um desafio ingrato
Tentar vencê-lo porém é o meu próximo ato.


(Ludmilamente improvesiado por: Marcelo Mazzini - Este cara tá me superando!!)

terça-feira, julho 18, 2006

Nostalgias Preásticas

Barulho esquisito, um pouco estridente
Me faz esquecer meus assuntos pendentes
Não sei o que é, mas vem lá do teto
E se alguém descobriu, manteve-o secreto

Prestando atenção, estranho não me é ao ouvido
Eu juro por deus! Conheço o ruído!
A nostalgia me inunda, me ponho a lembrar
Da minha parati e de minhas preás

Mas como é possivel aqui terem chegado
Para morar no ar-condicionado
Aqui no escritório me ponho a pensar
Concluo porém que explicação não há!

(Preámente impreávisado por: Marcelo Mazzini)

Living and Learning

The cows fly
The flowers sing
The sun shine

The zebras cry
The lion is king
And I'm on line

(Kindly Improvisied by: Roberta Pio)

sexta-feira, julho 14, 2006

Consequências de um Ato de Coragem

Certa vez viajei eu para a cidade-fria
Para declamar meus conhecimentos de ofício
Não pensava eu ainda em improvesia,
Apenas contava minha história, desde o início.

Ao final de minha verbal conduta
Fui abordado por um quinteto ofegante
Adoráveis ninfas em aparente disputa
Enrubesciam este agora tímido palestrante.

Agradeci a admiração a mim dispendida
E mesmo acabrunhado, tentei me recompôr
Mas elas então me pediram autógrafos
Como se me confundissem com um conhecido ator.

Hoje minhas amigas as ninfas se tornaram
E pelas mesmas profunda admiração também dispendo
Pois demasiada alegria e simpatia exalam
Mas suas sandices e loucuras ainda não entendo.

quinta-feira, julho 13, 2006

A GÊNESE MALDITA

Já que a minha presença foi aqui solicitada
Remontarei o tenso momento de minha vida
Em que surgiu esta louca empreitada
De uma alma lírica até então perdida.

Não conseguiria reconstruir com exatidão as palavras
Que naquele dia escolhemos tão cautelosamente
Resgato resquícios e partes abaladas
De lembranças que ainda habitam minha mente

A Linha Vermelha foi o palco e o camarote
Quando a platéia deu lugar aos automóveis
O sol iluminava e era o unico holofote
Eu era uma atriz naquela massa de imóveis.

O tempo se esvaía instante por instante
Enquanto a última prova do período eu perdia
Foi quando ele teve a idéia brilhante
De fazer uma tosca improvesia!

Imaginem em que situação me encontrava:
Tensa, sem ter a matéria estudado
E um louco que ao meu ouvido recitava
Uma improvesia zombando do meu estado.

(Sensacionalmente improvesiado por: Luciana Fintelmam)

Motivos Questionados por Amigos Distantes

Paro, penso, releio.
Não pode ser, não acredito.
Versos, poesias?
Jamais acreditaria se outro tivesse me dito.

Teria ele bebido?
Emocionalmente estaria abalado?
Afinal de contas,
Poesia é coisa de viado !

(Magnanimamente improvesiado por: Marcelo Mazzini)

quarta-feira, julho 12, 2006

Convite à Sandice e Ócio-Absoluto

Estimados parentes, amigos, colegas de trabalho,
Sinto-me muito orgulhoso e repleto de satisfação.
Assim sendo, este humilde convite por e-mail vos espalho.
E peço apenas um pouquinho de sua atenção.

Descobri-me outrora um cretino poeta
Que improvisa bobagens com temas do dia-à-dia
E, para uma platéia exclusivamente seleta
Eu expresso em palavras o que chamo de IMPROVESIA.

Palavras aleatórias com sentidos vazios
montam-se em rimas assaz amadoras
E falam sobre temas inúteis, alegres ou sombrios
Numa perda de tempo assustadora.

Todas as presepadas e bobagens cabíveis
São por mim imaginadas e a poesia é escrita.
Enquadram-se com harmonia os versos sofríveis
Tornando qualquer porcaria muito mais bonita.

Junte-se à mim nesta inutilidade cotidiana
E promova também seus versos descompromissados
Inspire-se na sua chatíssima vida mundana
E eu publicarei os bons poemas ao meu email enviados.

Não esqueça-se do endereço eletrônico,
Preste muita atenção, pois é complexo! Não erre!
Suas contribuições cretino-improvesísticas
Deverão ser enviadas para
reule@seagullsfly.art.br

Para seus amigos que também nada fazem
Peço ainda, que minha cria divulguem,
Ante ao tédio que as mesmices o trazem
Os que trabalhando, ainda se iludem.

Faltou porém, citar-lhes o citado endereço do sítio
Onde armazeno todos estes poemas (em breve, com som)
Pois onde tudo se improvesiou, desde o início
Está em
http://improvesias.blogspot.com/

terça-feira, julho 11, 2006

Fermentando Vitis Viniferas

Para sanar-me de todo o mal
Traga-me, ó estimado garçom
Ao banhar desta noite fria invernal
Um legítimo e precioso Cabernet Sauvignon

Extrai-me esta rolha aromatizada
E sirva-me uma moderada porção
Ao saborear, digo-te estar aprovada,
"Pode servir mais um montão!"

Sorvo com prazer o alcoólico entorpecente
E regojizo com sua secura rascante
As uvas prensadas à temperatura ambiente
Transformam em rúbeo meu ébrio semblante.

segunda-feira, julho 10, 2006

Resposta ao Barista

Café grande ou pequeno
Suave veneno
Chantilly, açucarado
Aquele biscoitinho
amanteigado.

Reule, meu filho, seja dos meus.
Essa dieta que levas, serelepe,
vai te dar dois pneus
e um estepe.

(Brilhantemente Improvesiado por ReMo :o)

quinta-feira, julho 06, 2006

A Saga do Barista Dúbio

Um duplo Barista após o almoço eu desejava,
E descendo as escadas rolantes, seu aroma apreciava,
O chantily espiralado sobre a ceramica se apresenta,
E a saliva na minha boca aguarda, por cafeína sedenta.


Qual não se mostra minha surpresa, frente à balconista,
Apresentando o diminuto cartão da promoção,
A biltre observa-me como à um vigarista,
Tamanha se mostra sua indignação.


Vocifero então, fulo, a esta atendente,
"Minha cara, não sou vil, tão pouco delinquente".
Esta promoção, tão clara se apresente,
Bem entendo, é olho-por-olho, dente-por-dente!!"


"Dá-me meu espresso, gratuito por direito
Que desta pocilga não sairei de outro jeito!!
E abarrotas de açúcar e creme branco
Pois senão, farei-te cair em genuíno pranto!!"


Pedindo segredo, a citada limítrofe assina, veja você,
Como se a mim fizesse um grande mercê,
Irritado contenho-me, sempre fiel ao vício
Pois destinado à ele eu me encontrava desde o início.


Satisfaço por fim a minha angústia
E, agora doce, meu café é saboreado
Tornando-me forte e tremelicante
Sentindo-me disposto e plenamente acordado.

Ode ao Zoster

Ardendo em chamas minha cutis se encontra
Devido ao vírus que aos meus nervos se afronta
A agonia da coceira corta-me como navalha
Bom...pelo menos não é na genitália!!!

terça-feira, julho 04, 2006

Intercambiando Propósitos

Já cansei-me deste assunto
Futebol não é meu forte
Passemos então ao cotidiano
E vejamos se continuo com sorte

Coloquialismo e o erudito se misturam
Num balé sinestésico indefinido
As palavras da minha mente pululam
E somente a canastrice faz sentido.

Por fim, hei de erguer-me um pensador
Que mantém-se claro e objetivo
Escrevendo poesias improvisadas
Com um tom levemente pejorativo


(Colaboração: Luciana Fintelmam)

segunda-feira, julho 03, 2006

É HEXA!!!

Calou-se o brado outrora retumbante
O país dos pães novamente nos entristece
Dando olé num time apático e relutante
O francês careca se envaidece


Estaremos enquanto time, fadados?
Ao fracasso, num de-ja-vue permanente?
Nossos hermanos pelo menos saíram honrados
Mas nós nem sequer fizemos frente.


A paixão inútil, fanática e idiota,
Apresenta o futebol como única virtude
De um povo nem de longe patriota
E que de quatro em quatro anos se ilude


Que isto ao menos sirva de lição
Para o povo que sábado enrubesceu
E digo sem dor no coração:
Bem feito pra nós, porque foi o Brasil que se fodeu!


(Colaboração: Roberta Pio)