terça-feira, agosto 21, 2007

Indignas marés

Esqueço a mente
Esqueço o corpo
Esqueço o dia


Esqueço o tempo
Desgarrado espantalho à alegria


Amanhecem como estúpidas comédias
Simultâneo ardor e frenesi rascante
Confesso não ser orgulho o que me cala
mas o patético rubor de meu semblante


Apesar do pai
Apesar do filho
Apesar de ti


Apesar da derrota
Convenço-me vitorioso a quem me ri


Pois se o crepúsculo de outrora me fascina
Deve o pretume da noite prontamente recuar
Não mais insetos ao sono me perseguem
Serenos raios novamente a clarear


Vale-me Deus
Valem-me os próximos
Vale-me a vida


Vale-me a Lei
Que em meu caminho há de forjar saída


Por onde caminham insensatos ignorantes
Réus e juízes tropeçam e se agridem
A luxúria como árvore, cresce sem direção
E cegamente, ramifica-se para a escuridão


Esqueço a mente
Esqueço o corpo
Esqueço o dia


Esqueço o passado
Transporto o futuro em poesia


-- Fernando Reule
(Não tão improvisado assim...)

segunda-feira, agosto 20, 2007

Devaneios entediados, preocupações putrefasísticas

Imóvel, letargico, entediado
Em casa e de cuecas, lastimo meu atual estado
Sem o q fazer numa ensolarada tarde vazia
Improviso no celular mais uma enfadonha poesia

A uma quinzena parti com amigos para festar
(com eles nao saía acredito, desde março)
Mas por urucubaca ou simplesmente puro azar
Ao fim da festa fraturei o pé bem no 5o metatarso

Recomendado pelo desatento ortopedista
Permaneceria 'de molho' pelas 3 seguintes semanas
Ao final da 1a, já me encontrava enlouquecido
Com a tv a cabo e seus ridículos programas

Na esperança de minhas pernas esticar
Um convite a mtos amigos eh lançado
Cabisbaixo porém, retorno ao sofá
Ao perceber-me completamente ignorado

Para a fratura eu nao comprometer
Permaneço atencioso e consciente
Só aquele que com o meu estado empatiza
Conhece a necessidade de ser paciente

Improvesiado por: Fernando "O Aleijado" Reule...meu pé tá podre!!

quinta-feira, agosto 16, 2007

Promessas antigas, dívidas pagas

O que ha muito em versos foi prometido
Agora quem sabe, enfim, será cumprido
Rimar com "reule" era meu desafio
E por onde começo, eu nem desconfio

Se parecia, em princí­pio, que iria ser mole
Talvez com "role" ou tentando com "boiler"
Mas, se ler esses absurdos no fundo d'alma dói-lhe
É por que você nunca tentou rimar com o tal do "reule"

Róilemente (e dementemente) improvesiado por: Marcelo Mazzini

quarta-feira, agosto 15, 2007

Necessário Renascimento

Qual não me deparo na mais profunda surpresa
Recebendo em meu email um cordel infortuito
Concorre este com afiada e cabível destreza
Aos tickets do Spoleto, agora um sexteto gratuito.

Ao confrontar-me com tamanha coragem e audácia
tornei-o digno par de uma antiga falácia
Residente em meu blog, o qual já se encontrava mofando,
Ao mes de julho, sob a alcunha de "almoçando".

Porém, o verso foi rapidamente homenageado,
não por mim, mas por um colega muito bem-humorado
Pois se Paulinho Visgueiro provou-se um repentista extremo
A ele se esgueiram os versos do inesquecível Remo.

Por fim, torna-se necessária minha legítima resposta
Ao unir amigos e textos, sob protesto perseguidos.
Numa tentativa de resgatar a original proposta
O que demonstra meu apreço aos versos antes esquecidos.

Improvesiado por: Reule (quem sabe agora vai?!)

Remo-endo

Genial o post
Do colega Visgueiro
Fala do cotidiano
Do Poeta blogueiro

Reule que há quase 1 ano
Não escreve, e com o cheiro
Do petisco gordurento
Que enche o estômago inteiro

Esvazia sua mente.

Reule, meu filho'
Antes de encher a barriga vazia
Passe por aqui
E deixe uma poesia.

Improvesiado por Remo

terça-feira, agosto 14, 2007

Cordel da Seagulls Fly

Quando bate o meio-dia
sinto uma fome que dá pena
meu estômago estrebucha
quero ir no Dois em Cena

Chego lá tá um inferno
O Ivan fica meio sem graça
muita gente esperando
A solução é ir pra praça

Vou comer no Seu Nacib
lá tem farofa e um quibe preto
fácil fácil de achar
logo em frente ao Spoleto.


SPOLETAMENTE improvesiado por Paulinho Vigueiro,
jiu-jiteiro, poeta, zarabatanista e pintor nas horas vagas.