terça-feira, agosto 21, 2007

Indignas marés

Esqueço a mente
Esqueço o corpo
Esqueço o dia


Esqueço o tempo
Desgarrado espantalho à alegria


Amanhecem como estúpidas comédias
Simultâneo ardor e frenesi rascante
Confesso não ser orgulho o que me cala
mas o patético rubor de meu semblante


Apesar do pai
Apesar do filho
Apesar de ti


Apesar da derrota
Convenço-me vitorioso a quem me ri


Pois se o crepúsculo de outrora me fascina
Deve o pretume da noite prontamente recuar
Não mais insetos ao sono me perseguem
Serenos raios novamente a clarear


Vale-me Deus
Valem-me os próximos
Vale-me a vida


Vale-me a Lei
Que em meu caminho há de forjar saída


Por onde caminham insensatos ignorantes
Réus e juízes tropeçam e se agridem
A luxúria como árvore, cresce sem direção
E cegamente, ramifica-se para a escuridão


Esqueço a mente
Esqueço o corpo
Esqueço o dia


Esqueço o passado
Transporto o futuro em poesia


-- Fernando Reule
(Não tão improvisado assim...)

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

registrando um comanterio ja feito...

10:33 AM  
Anonymous Anônimo disse...

Vaidade, tudo acaba pela vaidade
Alguns a conhecem por orgulho
Deteriora o que antes era amizade
Onde era base sólida, só resta agora entulho

Distorce valores, corrói o caráter
Cega e alimenta quem a carrega
Varre para de baixo do tapete o que de fato é verdade
Pelas próprias mãos, para o fundo de si mesmo, o vaidoso se leva

Afasta quem por algum motivo ainda insiste
Laços de afeto, sangue, amizade...
Nada disso resiste, nada disso existe
Nada detém a maldita vaidade

Na solidão tudo o que se escondeu aparece
E como um tapa, na cara arde
Mas é um castigo que o vaidoso merece
Pois o orgulho também é um sentimento covarde

7:56 AM  
Anonymous Anônimo disse...

ah ! fui eu que mandei !

7:57 AM  
Blogger Cris Carnaval disse...

Lindo. Nada de cretino ;)

7:51 PM  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial